Corpo de Ronieverson Pedrozo Lopes, de 36 anos, foi encontrado dentro de uma mala em Piraquara. Defesa de Lucas Mateus da Cunha afirmou que ‘denúncia está equivocada’. Roni Pedrozo Lopes, 36 anos, era servidor da Hemepar
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O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou nesta sexta-feira (1º) Lucas Mateus da Cunha, de 21 anos, por homicídio triplamente qualificado motivado por homofobia.
Ele é suspeito de ter matado Ronieverson Pedrozo Lopes, de 36 anos, servidor do Hemepar de Curitiba, órgão da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa).
Ronieverson ficou desaparecido por quatro dias. O corpo dele foi encontrado no dia 21 de agosto, com sinais de violência, dentro de uma mala em Piraquara, na Região Metropolitana da capital paranaense.
De acordo com a denúncia, o assassinato aconteceu na casa do suspeito, durante um encontro íntimo com a vítima. Após o crime, Lucas Mateus limpou a casa e saiu no carro da vítima com o corpo dentro da mala, que enterrou. Leia detalhes a seguir.
O MP-PR sustenta as qualificadoras de motivo torpe, – por conta da homofobia –, que o crime foi executado com meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
“O crime foi praticado por motivo torpe consistente na homofobia, eis que o denunciado praticou o homicídio imbuído pelo sentimento de aversão odiosa à orientação sexual e identidade de gênero de Ronieverson, homem gay que lhe despertava desejos sexuais”, afirma a denúncia.
Rodrigo Cunha, responsável pela defesa de Lucas Mateus, afirmou que a denúncia está equivocada, uma vez que a motivação nunca foi por homofobia. Considerou também que a denúncia contém excessos que serão combatidos ao longo do processo.
Ele foi preso em flagrante no mesmo dia em que o corpo do servidor foi encontrado. Dois dias depois, a prisão foi convertida em preventiva.
Denunciado matou a vítima com golpes de martelo
Conforme o MP-PR, o denunciado é casado com uma mulher, mas escondia dela que mantinha relações íntimas com homens, a partir de aplicativos de celular.
Em uma dessas situações Lucas Mateus conheceu a vítima e passou a manter contato com ele, marcando um encontro na casa em que vivia com a esposa. Durante a ocasião, o denunciado matou a vítima com golpes de martelo.
De acordo com a delegada da Polícia Civil, Iara Dechiche, o suspeito disse ter colocado o corpo da vítima em uma mala, transportado até um local próximo da residência e abandonado o carro com o corpo.
Depois, voltou ao local e levou o veículo até uma região de mata, deixando o corpo do servidor em uma mala.
As investigações apontaram, também, que o carro de Ronieverson foi vendido por um aplicativo de mensagens. O veículo foi apreendido em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, antes do corpo ser encontrado.
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Homem que matou servidor do Hemepar de Curitiba e escondeu corpo dentro de mala é denunciado por homicídio motivado por homofobia
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