Investigação revelou que nos últimos dois anos, grupo movimentou mais de R$ 17 milhões com lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. 172 mandados foram cumpridos nos estados do Paraná e Santa Catarina. Operação contou com 245 agentes da Polícia Civil, uma aeronave e cinco cachorros.
Imagens cedidas pela Polícia Civil
A Polícia Civil em Apucarana, no norte do Paraná, deflagrou nesta quinta-feira (29) a Operação “Baby Shark” para desarticular organização criminosa que teria movimentado mais de R$ 17 milhões por meio de crimes como lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Até a última atualização desta reportagem, 54 suspeitos foram presos.
De acordo com informações da polícia, o grupo atuava há 10 anos de forma estruturada. Eles instalaram câmeras de última geração em postes de energia elétrica da cidade para monitorar a atividade dos policiais.
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Foram expedidos 172 mandados judiciais, sendo 69 mandados de prisão preventiva, 63 mandados de busca e apreensão e 40 ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias.
A operação ocorreu de forma simultânea nos estados do Paraná e Santa Catarina e contou com 245 agentes da Polícia Civil, uma aeronave e cinco cachorros.
A investigação
A organização criminosa era alvo de investigação há cerca de um ano. A polícia identificou que o grupo colocou câmeras em postes de energia espalhados pela cidade.
Por esse sistema clandestino de monitoramento, eles também acompanhavam a chegada da polícia. Os equipamentos de última geração tinham um alcance de até cinco quilômetros de distância.
Nos dez anos que atuou, a quadrilha criou centenas de pontos de drogas, até expulsando moradores de casa para usar os imóveis como ponto de tráfico.
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Apenas em transação com PIX e cartão de crédito, o esquema movimentou R$ 17 milhões de reais nos últimos dois anos. A polícia estima que o faturamento em dinheiro em espécie pode ser duas vezes maior.
Para receber os valores, os criminosos utilizavam contas das esposas e de conhecidos.
A polícia afirma ainda que o grupo utilizava as redes sociais para postar vídeos de ostentação, com armas, dinheiro e até passeios de helicóptero.
Entre os presos, estão líderes da quadrilha e integrantes do núcleo financeiro e operacional. A polícia afirma que todos devem ser transferidos para presídios de segurança máxima.
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54 suspeitos são presos em operação contra grupo que instalou câmeras para monitorar polícia e movimentar mais de R$ 17 milhões ilicitamente
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