Arte foi feita em parede do bloco de salas do Setor de Ciências Exatas, no Centro Politécnico, em Curitiba. Obra possui 90 m². UFPR recebe mural de Enedina Alves Marques, a primeira engenheira negra do Brasil
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) homenageou Enedina Alves Marques, a primeira engenheira negra do Brasil, em um mural no Centro Politécnico, localizado em Curitiba. A obra, de 90 metros quadrados, foi pintada em um bloco de salas do Setor de Ciências Exatas.
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A intenção, segundo a instituição de ensino, é contar a história da universidade a partir de figuras biográficas que também representam da história do Paraná.
Enedina se formou em engenharia civil na UFPR em 1945, quando tinha 32 anos. Filha de um lavrador e uma empregada doméstica, a profissional colaborou com diversas obras significativas do estado.
Mural de Enedina Alves Marques foi pintado no Centro Politécnico da UFPR
Foto cedida/Paulo Auma
SAIBA MAIS: Enedina Alves Marques: conheça a primeira engenheira negra do Brasil
Uma delas é a Usina Capivari-Cachoeira, de Antonina, que é a maior central hidrelétrica subterrânea do sul do Brasil. Atualmente, é chamada de Usina Governador Pedro Viriato Parigot de Souza.
A imagem da usina integra o mural, assim como retratos do Colégio Estadual do Paraná e da Casa do Estudante Universitário de Curitiba (CEU), que também foram obras de Enedina.
Palavra de artista
O mural de Enedina Marques foi idealizado pelo Coletivo Circo Ótico, sob o comando do artista Paulo Auma. Também participaram da produção Claudemir Franco, Tônico CTRLC, Juninho Moreira e Wagner Roger.
Professor formado pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP), Auma desenvolve projetos relacionados a arte, sociedade e educação. É grafiteiro atuante em Curitiba e tem trabalhos expostos em países como Palestina, Itália e México.
Segundo ele, o processo de criação contou com um estudo da história da engenheira.
“Depois, começamos os esboços e os testes de cor com aquarela, separamos as cores de tinta acrílica, desenhamos com projetor e começamos a executar o mural. Na internet há várias fotos dela, mas limitadas em qualidade. Usamos a foto da formatura, que é em preto e branco, e transformamos em cor”, explica.
Para o artista , a homenagem é mais do que justa para preservar a memória de Enedina e fazer com que mais pessoas conheçam a história da engenheira – começando por ele mesmo.
“Eu não conhecia, mas fiquei impressionado com as conquistas dela e fiquei comovido com o apadrinhamento que ela teve, para que pudesse iniciar e terminar os estudos em uma época tão difícil para as mulheres, ainda mais, negras”, destaca Auma.
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UFPR recebe mural de Enedina Alves Marques; primeira engenheira negra do Brasil se formou na universidade em 1945
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