O que se sabe e o que falta esclarecer sobre mulher que morreu após cair de ônibus em movimento no Paraná


Passageira Karen Cristina dos Santos Silva, de 26 anos, morreu horas depois da queda. Acidente aconteceu no dia 29 de agosto e foi registrado por câmeras internas do veículo. Câmeras registram momento em que mulher cai de ônibus em movimento em Maringá
A Polícia Civil do Paraná investiga a morte de Karen Cristina dos Santos Silva, que caiu de um ônibus em movimento na semana passada em Maringá, no norte do estado. A passageira de 26 anos morreu horas depois da queda.
No ônibus da empresa Cidade Verde Transporte Rodoviário, também estavam o marido, o filho e uma prima da vítima. Câmeras internas do veículo registraram o momento em que a jovem encosta na porta do veículo para preparar uma mamadeira, a porta abre e Karen cai. Assista acima.
Veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso:
Como e onde aconteceu o acidente?
Quais são as causas do acidente?
O que diz a empresa e a polícia?
Como e onde aconteceu o acidente?
Karen Cristina dos Santos Silva, de 26 anos, vítima do acidente
Reprodução/RPC
O acidente aconteceu na tarde de quinta-feira (29), no cruzamento das Avenidas Horácio Raccanello Filho e Duque de Caxias, em Maringá, no norte do Paraná.
Karen estava com o marido e o filho no ônibus a caminho de Itambé, que fica a 26 km de Maringá. Uma prima da vítima também estava no veículo.
Câmeras internas do ônibus mostram o casal entrando com o filho dentro do carrinho de bebê. O pai da criança trava o carrinho no espaço destinado a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
As imagens mostram que, em seguida, o pai pega o filho no colo enquanto a esposa tira uma garrafa térmica da bolsa e começa a preparar uma mamadeira. Nesse momento, é possível ver que ela encosta na porta do veículo, a porta abre e a passageira cai para fora.
A jovem caiu na avenida e bateu a cabeça. Ela chegou a ser socorrida em parada cardiorrespiratória, mas foi estabilizada pelos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhada para a Santa Casa da cidade.
No hospital, ela sofreu uma nova parada e morreu uma hora depois. O corpo de Karen foi velado em Itambé e sepultado no último sábado (31).
Quais as causas do acidente?
Câmeras registram momento em que mulher cai de ônibus em movimento em Maringá
Reprodução
Segundo informações da empresa Cidade Verde Transporte Rodoviário, o ônibus está parado na garagem desde que o acidente aconteceu.
Segundo informações do advogado da Cidade Verde, Fabiano Moreira, a Polícia Científica esteve no local para realizar a perícia do ônibus e confeccionar o laudo apontando as causas do acidente.
O g1 tenta contato com o delegado responsável pelo caso, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.
LEIA TAMBÉM:
VÍDEO: Professora agride adolescente que brigou com a filha dela em colégio do Paraná, diz PM
Tragédia: Casal morto com família em engavetamento no Paraná planejava casamento
Maringá: Vítima de ginecologista condenado por abusar sexualmente de 13 mulheres diz estar aliviada com sentença
O que dizem a empresa e a polícia?
Após o acidente, a empresa Cidade Verde emitiu uma nota se solidarizando com a família e assegurando que o caso está sendo “apurado com rigor por meio de uma investigação interna”.
Segundo a empresa, a apuração é feita em conjunto com o setor de engenharia da fabricante do ônibus, que fica em Cascavel, no oeste do estado.
O motorista do veículo foi ouvido na investigação interna da empresa e garantiu que não encostou no sistema de acionamento na hora da queda.
Segundo o advogado Fabiano Moreira, da empresa Cidade Verde, a porta onde Karen encostou é exclusiva para entrada e saída de cadeirantes e funciona com acionamento manual.
A empresa afirma ainda que a abertura da porta só pode ser feita pelo lado de fora do ônibus.
“Não é possível abrir de forma automática. Esse acionamento depende de uma ação externa. Ele possui dois mecanismos de trava interna, que são mecânicas, e mais um sistema pneumático que é um terceiro, um complemento que depende também da ação do motorista”, explicou.
O advogado afirma que, no dia do acidente, a porta não tinha sido utilizada desde a saída da garagem da empresa. A vítima também não teria entrado por ela.
Ao g1, o advogado disse que o fabricante do veículo esteve na garagem da empresa para realizar testes com o ônibus e verificar o que teria de fato acontecido para que a porta do veículo abrisse.
A empresa aguarda o laudo do fabricante com o resultado dos testes.
Desde a última sexta-feira (30) o g1 tenta contato com o delegado responsável pelo caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná
Leia mais em g1 Norte e Noroeste.

Bookmark the permalink.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *