Eloah Pietra Almeida dos Santos, foi encontrada em um cativeiro em Campo Largo na noite de sexta (24). Suspeita de 40 anos foi presa. Menina foi entregue à família e está bem. Mãe de bebê sequestrada por falsa agente de saúde diz que perdoa mulher
Érica Alves dos Santos, 27 anos, mãe da bebê Eloah Pietra Almeida dos Santos, de 1 ano e seis meses, sequestrada por uma mulher em Curitiba, falou em entrevista à RPC que quer justiça pelo que aconteceu com a filha, mas que perdoa a suspeita presa na sexta-feira (24) suspeita pelo crime.
“Eu peço que prendam ela por muitos anos ainda, porque eu não quero ver essa mulher solta, não. Mas eu perdoo ela de tudo, perdoo ela porque não sei o que se passa também com a pessoa, se está passando por necessidade, precisando de dinheiro, por que ela fez isso”, disse a jovem.
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Emocionada a mulher contou sobre as cerca de 30 horas que ficou sem a filha, sequestrada na quinta-feira (23) quando a suspeita de 40 anos, se passando por falsa agente de saúde, segundo a Polícia Militar (PM), a convenceu de ir a um posto de saúde para exames de sangue devido a uma suposta denúncia. Relembre caso mais abaixo.
Para a RPC, Érica relatou que um dia antes do crime viu a suspeita passar pelo local com o carro. “Logo cedo, no outro dia, parou no meu portão já com má intensão e eu tão inocente já cai na dela”, lamentou a jovem.
Eloah foi entregue à família após o resgate, na noite de sexta-feira (24). Na foto, a mãe segura a menina no colo.
Reprodução/RPC
Feliz com o retorno da filha – que apesar dos cabelos tingidos e alisados, passa bem -, a jovem contou que a primeira coisa que a menina fez ao ver a mãe foi abraça-la e, na sequência, quis ser amamentada, simbolizando a conexão e segurança que a criança tanto necessitava.
“[Momento] só de felicidade, agradecimento por tudo, foi muito feliz”, disse ela sobre o reencontro com a filha.
Suspeita disse à polícia que queria criança para criar como filha
Para a Polícia Civil, a mulher suspeita pelo crime, que não teve identidade revelada, confessou que queria uma criança para criar como filha. Investigações apontam também que ela tentou levar outras duas vítimas.
Segundo o delegado Thiago Teixeira, a primeira tentativa foi em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, no dia 22 de janeiro, um dia antes de levar Eloah.
“Como não conseguiu, ela tentou em Curitiba, no bairro Parolin. Ela tentou abordar uma mulher inicialmente no Parolin, não conseguiu, e na sequência, ela abordou os familiares da Eloah e acabou levando a menina”, disse em coletiva.
O secretário de Segurança Pública do Paraná, Coronel Hudson Teixeira, informou que a suspeita tem 40 anos e não tinha passagens pela polícia.
A bebê foi encontrada na casa da mulher, em Campo Largo, que também não teve o endereço divulgado. No local a polícia encontrou fraldas, leite e comida para a criança.
O delegado afirmou que a mulher deve responder por subtração de incapaz e que a polícia vai apurar outras condutas.
“Ela falou que estava desempregada e que ela queria criar essa criança como se fosse uma filha dela […] Não se mostrou arrependida e não fez contato com a família exigindo algum tipo de valor pela criança”, falou.
A bebê teve o cabelo cortado, pintado e alisado após ser sequestrada, para não ser reconhecida. Eloah foi resgatada pela polícia na noite de sexta-feira (24) e entregue à família.
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Como o sequestro aconteceu
Segundo a PM, a mulher estava vestida com avental e máscara sanitária quando chegou à casa da família no bairro Parolin, por volta das 11h50 de quinta (23), e se identificou como agente de saúde. Ela alegou que a mãe da criança, de 27 anos, precisava fazer um exame de sangue devido a uma denúncia.
Familiares disseram à polícia que a mulher deu um líquido para a mãe beber e pediu que ela e a criança entrassem em um carro branco, sem placas. Quando elas já estavam no carro, a suposta agente pediu que a mãe prendesse a criança na cadeirinha.
Bebê Eloah Pietra Almeida dos Santos foi entregue à família após resgate
Reprodução
No momento em que ela desceu do carro para arrumar a cadeirinha, a mulher acelerou, levando a criança e deixando a mãe para trás.
Na noite de sexta-feira (24), o resgate foi feito pelo serviço de inteligência da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (RONE).
Segundo a polícia, a mulher estava sozinha com a menina quando foi encontrada pela polícia. Os agentes chegaram ao cativeiro após receberem informações de que o carro da suspeita tinha sido visto em Campo Largo.
A suspeita foi ouvida e encaminhada para a cadeia pública.
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