Raul Schmidt, investigado na Lava Jato por operar propina na Petrobras, é absolvido

Juiz Eduardo Fernando Appio entendeu que o Ministério Público Federal teve acesso aos dados bancários de Schmidt ilegalmente. Decisão saiu neste sábado (20). Raul Schmidt, investigado na Lava Jato por operar propina na Petrobras, é absolvido
Reprodução/TV Globo
O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Fernando Appio, absolveu o réu Raul Schmidt Felippe Junior. Ele era acusado de ser operador financeiro ao pagar propina a ex-diretores da Petrobras. A decisão saiu no início da tarde deste sábado (20).
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O empresário Raul Schmidt Felippe Júnior foi absolvido por Eduardo Appio, que entendeu que o Ministério Público Federal teve acesso aos dados bancários de Schmidt de forma ilegal.
Raul Schmidt Felippe foi um dos alvos da Lava Jato, considerada uma das maiores operações de combate à corrupção do país e que começou em 2014.
Nesta ação, Schmidt foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo pagamento de propina ao ex-diretor Jorge Luiz Zelada – envolvido no esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa instalado na estatal.
Na decisão, Appio afirma que “Ministério Público Federal, na condição de parte, não poderia ter tido acesso aos dados constantes do sigilo bancário do acusado sem uma prévia decisão judicial”
Segundo o documento, o MPF teria recebido os dados da conta no banco Julius Bar do Principado de Mônaco de forma “espontânea”. Para Appio, isso “em nada elimina a necessidade de que o Ministério Público Federal tivesse requerido ao juiz da causa no Brasil esta medida em face do acusado Raul Schmist Júnior”.
O g1 tenta contato com o Ministério Público Federal, de Renato de Souza Duque, de Nestor Cerveró e de Jorge Luiz Zelada para comentar o caso.
Em nota, a defesa de Schmidt disse que a sentença o absolveu com “fundamento em dispositivos da Constituição e de Tratados Internacionais.
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