Paraná está sob alerta laranja de perigo para baixa umidade do ar nesta segunda-feira (9), o que dificulta a dissipação das cargas elétricas, segundo o físico Igor Konieczniak. Professor de física explica como tempo seco aumenta ‘choque’ entre pessoas e materiais
O Paraná está sob alerta laranja de perigo para baixa umidade do ar nesta segunda-feira (9), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e, em dias de tempo seco, muitas pessoas relatam a sensação de levar pequenos choques ao encostar em objetos metálicos, tecidos ou até em outras pessoas.
✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram
Segundo Inmet, a umidade relativa do ar no Paraná deve variar entre 12% e 20%. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal para saúde é entre 50% e 80%.
O físico e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Igor Konieczniak, explica que este fenômeno é causado pela eletricidade estática, uma carga elétrica que se acumula nos objetos e no corpo humano e que se torna mais comum em ambientes com baixa umidade relativa do ar.
“Nós somos formados por matéria elétrica, somos formados por elétrons e prótons. Tudo é formado por isso. Normalmente, a matéria é neutra, ou seja, cada objeto tem exatamente o mesmo número de prótons e elétrons, então fica tudo normal”, explica.
O professor explica ainda que os objetos possuem afinidades diferentes aos elétrons. Por isso, quando esfregam materiais diferentes uns nos outros, é natural que haja trocas de cargas elétricas entre eles, causando um “desbalanço” e os objetos ficam carregados eletricamente.
Ao esfregar tecidos, a pessoa pode transferir ou ganhar elétrons, que resulta no acúmulo de eletricidade estática.
Quando há uma diferença significativa de carga entre o corpo e outro objeto, ocorre a descarga elétrica, ou o “choque”.
Físico do Paraná explica como tempo seco aumenta ‘choque’ entre pessoas e materiais
Chico Escolano/EPTV
Como tempo seco intensifica os choques?
O professor explica que a umidade do ar desempenha um papel importante na dissipação dessas cargas. Porém, em tempos de clima seco, o ar contém menos umidade, dificultando a neutralização.
“Quando fica o clima fica muito seco, essa carga [elétrica] ela demora mais para se dissipar, porque a umidade do ar ajuda a conduzir os elétrons pro ar ou pra outros materiais, que ficam úmidos”, disse.
O aviso indica indica risco de incêndios florestais e problemas à saúde.
LEIA TAMBÉM:
Paraná: ‘Desespero total’, diz passageira de ônibus que desviou para área de escape em rodovia
Vídeo: Incêndio atinge indústria de abate de frangos no Paraná
Veja como se inscrever: Sanepar abre concurso público com salários que chegam a R$ 6,9 mil
Inmet emite alerta de baixa umidade do ar no Paraná
Reprodução/RPC
Como prevenir os choques?
A eletricidade estática é um fenômeno comum. Ao cuidar da umidade do ambiente e da escolha de materiais no dia a dia, é possível diminuir as chances de receber as descargas inesperadas.
Veja algumas dicas:
Manter o ambiente umedecido: O uso de umidificadores de ar pode ajudar a equilibrar a umidade e evitar o acúmulo de cargas estáticas.
Hidratar a pele: A pele seca também é mais suscetível à eletricidade estática. O uso de cremes hidratantes pode reduzir a ocorrência de choques.
Evitar tecidos sintéticos: Roupas e tapetes feitos de materiais sintéticos tendem a acumular mais eletricidade estática. Optar por tecidos naturais, como algodão, pode ajudar.
Andar descalço em casa: Sapatos com solado de borracha aumentam a geração de eletricidade estática. Andar descalço ajuda a minimizar a transferência de cargas.
Tocar em superfícies metálicas regularmente: Para descarregar a eletricidade acumulada no corpo, tocar com frequência em superfícies metálicas pode ajudar.
Mais assistidos do g1 PR
Baixa umidade do ar no Paraná aumenta ‘choque’ entre pessoas e objetos; entenda os motivos
Bookmark the permalink.